No universo dos animais de companhia, a doença também pode ser grave para as fêmeas.
No mês em que o câncer de mama é alvo da campanha de conscientização e incentivo à prevenção da doença em mulheres, abre-se uma boa oportunidade para chamar a atenção com relação à incidência da enfermidade em cadelas e gatas. Assim, surgiu em 2016 a primeira campanha #cancermamapet da Agener, unidade de saúde animal da União Química. Como em humanos, a rapidez no diagnóstico é fator determinante para possibilitar eficácia no tratamento e proporcionar longevidade ao pet.
O toque periódico nas mamas do animal auxilia em um possível diagnóstico precoce. “Se o tutor notar qualquer mudança ou presença de massas, enrijecimento, inflamação ou secreção, precisa levar o animal ao médico-veterinário, para que exames complementares sejam feitos e, assim o quadro possa ser melhor avaliado, determinando o correto diagnóstico”, ressalta o Dr. Andrigo Barboza De Nardi, veterinário e professor da Unesp Campus Jaboticabal. “O tecido mamário de cadelas e gatas é superficial, logo abaixo da pele, por isso é possível perceber as alterações ou pequenas lesões”, complementa o veterinário. O médico ainda informa que o ideal é que o toque nas mamas seja realizado em animais acima de 5 anos de idade, já que os tumores mamários são mais comuns em fêmeas adultas e idosas.
Além de observar as alterações nas mamas, a castração tem se mostrado uma medida eficaz na prevenção do câncer. De acordo com o professor da Unesp, estudos mais recentes indicam que a castração entre o primeiro e o segundo cio é mais indicada e reduz de forma significativa a ocorrência de tumores mamários, além de outras enfermidades, como incontinência urinária, tendência à obesidade e até mesmo alterações de comportamento. “Até bem pouco tempo, a principal recomendação era que a castração fosse realizada antes do primeiro cio. Só que trabalhos mais recentes indicam que a castração antes do primeiro cio pode aumentar os casos de incontinência urinária, tendência à obesidade e até mesmo alterações de comportamento”.
Tratamento adequado
Importante ressaltar que só o médico-veterinário está capacitado para detectar a presença de tumores mamários e determinar o tratamento indicado para cada animal. Além da avaliação clínica, o profissional realiza exames para avaliar a localização da lesão e sua natureza, benigna ou maligna. “Fazemos análises complementares, como o exame citológico. Nesta avaliação introduzimos uma agulha para coleta de material, visando o diagnóstico da lesão. Outra possibilidade é a biopsia (colheita de um fragmento da lesão), que é encaminhada para avaliação histopatológica”, afirma Andrigo. O professor ainda reforça que raio-X de tórax e ultrassonografia de abdome são importantes para determinar a extensão do tumor.
Em caso de tumores benignos, o tratamento é cirúrgico por meio de mastectomia (remoção da mama). Já para as lesões malignas, a mastectomia e cuidados pós-operatórios, como a quimioterapia ou radioterapia, podem ser indicadas, visando justamente reduzir as chances de lesões futuras.
É a Divisão veterinária da União Química Farmacêutica Nacional, empresa brasileira com mais de 87 anos de história no mercado farmacêutico.
Avenida Magalhães de Castro, 4.800
16º andar - Conjuntos 161 e 162
Edifício Continental Tower
05676-120 / São Paulo-SP
Copyright © 2024 União Química. Todos os direitos reservados.